13 de jul. de 2015

DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS.

Publicado em 12/07/2015

Janio bota fogo
no Aecím e na PF

A fonte de dinheiro que favoreceu a campanha de Dilma foi a mesma do Aecím

De Janio de Freitas, na Fel-ha.

É aquela folha provincial que dá ampla “cubertura” ao Golpe (mas, Janio e Ricardo Melo resistem bravamente !).



​Fogo amigo e outros fogos


(…)

A fonte e a espécie de dinheiro que favoreceram a campanha de Dilma foram as mesmas, no dizer do delator premiado, que favoreceram as campanhas de Aécio Neves à Presidência e de Aloysio Nunes Ferreira ao Senado. Na perturbação das ideias, Aécio e suas forças imitam os militares americanos, craques no que chamam, para abrandar ao menos nas palavras, de “fogo amigo”.

No caso de Aécio e do PSDB, porém, o fogo é ainda mais consequente: é fogo suicida. Aécio Neves não se deu conta de que, se Dilma perdesse o mandato por consequência da afirmação de Ricardo Pessoa, no mesmo dia poderia dar entrada em um pedido de cassação dos mandatos dos senadores Aécio Neves e Aloysio Nunes Ferreira, para obter a sentença de efeitos judiciais idênticos em fatos iguais.

Também na política, e sobretudo na democracia, não se deve brincar com fogo.

A CPI da Petrobras faz o mesmo. Criada com o fim óbvio de gerar embaraços para Dilma, para o governo e para a empresa, a CPI vai ouvir o ministro José Eduardo Cardozo, da Justiça, sobre uma escuta ilegal dentro da Polícia Federal em Curitiba. Ocorre que o grampo na cela de Alberto Youssef, ainda no início da Lava Jato, foi posto e já confessado por agentes da polícia. Sob ordem, disseram, do principal delegado que integra o grupo da Lava Jato.

A PF está mal nessa história. Mas não está sozinha, nem na pior situação. Há notícia de que foram identificados sinais do uso, em inquirições, de falas captadas pelo grampo. Se a escuta ilegal já era um procedimento inadmissível, o seu uso em interrogatório compromete o inquérito. E refuta as acusações dos procuradores aos advogados que apontam práticas ilícitas na Lava Jato.

A CPI de apoio à Lava Jato resulta em puro fogo amigo.

(…)


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