26 de fev. de 2016

NOTÍCIAS DAS LUTAS DE CLASSES.



Os agentes de saúde de Pacatuba-CE, estão em greve desde a última segunda-feira 22/02, e nesta terça-feira, 23/02, ocuparam a Câmara de Vereadores do município, onde devem permanecer até que suas reivindicações sejam atendidas.

A Luta dos ACS de Pacatuba-CE, por seus Direitos e contra um governo Ditador

Ao todo são 115 Agentes Comunitários de Saúde, destes 60 agentes de saúde ocuparam a sede da Câmara Municipal no final da tarde desta terça-feira, 23/02 onde se revezarão em escalas de greve. Eles reivindicam o retorno do incentivo financeiro, suspenso pelo prefeito Alexandre Magno Alencar há cerca de um ano e meio. 

Os agentes de saúde passaram a noite no parlamento municipal e receberam o apoio da população, que levou água e alimentos para os trabalhadores.


Depois muitas tentativas de negociação, os agentes comunitários de saúde de Pacatuba decidiram entrar em greve a partir da última segunda-feira, 22 de fevereiro. Além de não pagar o incentivo financeiro com o recurso que vem do Ministério da Saúde para os agentes de saúde, o prefeito ainda ameaça dispensar o trabalho dos profissionais, que são vinculados ao Governo do Estado, prejudicando a população com a redução de cerca de 60 por cento na equipe de agentes de saúde em atuação no município onde mais de 10.000 famílias serão desassistidas. A atitude arbitrária do gestor demonstra descaso com a população e com os profissionais da saúde, em momento delicado quando Pacatuba já conta com pelo menos quatro casos de microcefalia em investigação.

Os 65 agentes devolvidos à Secretaria da Saúde do Estado são pagos pelo governo estadual, não gerando gastos ao município. Pelo contrário, com a decisão de revogar a Lei do Incentivo há mais de um ano e meio, já se alcança uma receita de mais de 1,2 milhão de reais sem justificativa da destinação destes recursos que são carimbados por Portaria Ministerial.

Para o dirigente do Sindsaúde, Quintino Neto, que passou a noite em vigília com os agentes de saúde, o prefeito atenta contra os trabalhadores e a população, abrindo um precedente perigoso, cuja marca é a perseguição e a retaliação ao direito constitucional de greve em defesa de pautas justas e legítimas dos ACS com vínculo Estadual. Para ele, nenhum agente de saúde do Estado ou município podem admitir atos irresponsáveis e inconsequentes. ”A categoria não se curvará aos desmandos e arbitrariedades do gestor, pois, não será um prefeito às vésperas de perder seu cargo eletivo, que irá atentar contra trabalhadores que dedicam-se há mais de 20 anos a saúde da população” - finaliza.




Mais de 300 agentes comunitários de saúde e de endemias dos municípios da Aglomeração Urbana de Jundiaí-SP, (AUJ) participaram, nesta quarta-feira 24/02, do 3º Encontro Regional de Agentes Comunitários de Saúde. 
O evento, no anfiteatro da Unip, contou com participação de representantes do Departamento Regional de Saúde de Campinas (DRS-7) e da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), da Secretaria Estadual de Saúde.
O secretário de Saúde de Jundiaí, Luís Carlos Casarin, deu boas-vindas aos participantes de cidades que formam a AUJ, como Itupeva, Louveira, Jarinu, Várzea Paulista, Cabreúva, Campo Limpo Paulista, além de Jundiaí. Ele destacou a importância do trabalho dos agentes comunitários, especialmente nesse momento para o controle e combate do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika vírus e febre chikungunya.
ou um grande defensor da Estratégia e Saúde da Família. O agente é uma figura fundamental. A gente percebe a diferença das regiões onde temos agentes e de onde não temos agentes atuando”, destacou. Casarin lembrou também o momento delicado pelo qual o País passa pela questão das doenças transmitidas pelo Aedes e frisou que a melhor forma de combate é acabar com os criadouros. “Sabemos que 80% dos focos encontrados estão dentro das casas e por isso a atuação dos agentes é fundamental.”
Antes das palestras, o ator Roberto Caruso, de Itatiba, fez uma apresentação descontraída para integrar os participantes e motivar ainda mais o trabalho dos agentes, colocando situações do cotidiano de maneira bem-humorada. “Criei um roteiro específico. A ideia é mostrar o quanto é importante o envolvimento desses profissionais. Eles são inspiradores, têm o poder de inspirar as pessoas de cuidarem do seu bem-estar”, explicou Caruso.


A articuladora da Atenção Básica no Departamento Regional de Saúde de Campinas (DRS-7), da Secretaria Estadual de Saúde, Lígia Bestetti, reforçou aproposta do trabalho em conjunto entre os municípios da região de Jundiaí para o combate e controle do Aedes aegypti. “Não há barreira física para o mosquito. E os agentes comunitários de saúde são elementos importantes nesse processo. Vocês são as pessoas mais próximas da comunidade”, frisou.
Sobre o encontro, que já está na terceira edição, Lígia destacou que esse é um momento de troca de informações entre os agentes e integração dos municípios. “Precisamos ter um novo olhar contra o Aedes, construir uma identidade regional, em que todos juntos desenvolvam ações contra o mosquito.”
A diretora técnica regional da Sucen, Renata Caporalle Mayo, apresentou para os participantes um panorama histórico e atual da situação da dengue e das novas doenças transmitidas pelo Aedes aegypti em São Paulo. Segundo ela, atualmente, dos 645 municípios do Estado, 641 têm a presença do mosquito. Onde não há registro, são regiões mais frias.
Renata também alertou para a adaptação do mosquito às condições climáticas. “Até 2001, por exemplo, a região de Jundiaí não teve casos de dengue registrados, enquanto outras cidades do Estado, em locais mais quentes, já tinham dezenas de casos. Mas a partir de 2007, isso começou a mudar. Em 2015, o Estado teve 650 mil casos de dengue”, disse, ponderando que apesar do aumento de casos, a região de Jundiaí está em uma situação mais confortável em comparação a outras regiões.

Niza Souza
Fotos: Cleber de Almeida

FONTE: PREFEITURA DE JUNDIAÍ-SP.

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