26 de jul. de 2015

SAÚDE PARA TODOS.



Você sabe o que é herpes-zóster?

blog-herpes-zosterDe repente, a dor começa. Primeiro, uma leve queimação, um incômodo. Depois vai aumentando cada vez mais, até ganhar uma intensidade tremenda, mesmo para as pessoas mais resistentes. Ao examinar o local da dor, inicialmente, veem-se apenas umas bolinhas avermelhadas, mas nada muito sério. Uns dois dias depois, o quadro está bem diferente: as bolinhas tornaram-se pequenas bolhas cheias de líquido (vesículas), e a dor agora é insuportável, debilitante… Só os analgésicos fortes podem amenizá-la.
Isso é herpes-zóster – popularmente conhecido como cobreiro –, uma erupção infecciosa e dolorosa de vesículas com conteúdo líquido, causada por um vírus que se desenvolve ao longo de um nervo. O vírus é o varicela-zóster, o mesmo da catapora, que fica latente no organismo depois que se tem a doença (em geral na infância) e, por motivos não totalmente conhecidos, é reativado mais tarde na vida.
Eis alguns aspectos importantes da doença.
Características
O herpes-zóster é um distúrbio doloroso e angustiante, causado pelo mesmo vírus da catapora. A erupção tem aparência característica porque afeta uma via nervosa e, assim, em geral apresenta padrão semelhante a faixas de um só lado do corpo, ao redor da caixa torácica e do abdome (daí o nome popular “cobreiro”), mas também pode ocorrer na face e nos olhos, com grande gravidade. Os portadores dessa doença devem evitar contato com indivíduos vulneráveis enquanto as vesículas estiverem com líquido – que contém o vírus – e podem causar catapora em uma pessoa não imune.
Quem pode ter a doença?
O herpes-zóster é raro nos jovens e nas pessoas saudáveis; é mais frequente nos idosos ou nas pessoas com o sistema imunológico deprimido. Após os 50 anos sua ocorrência começa a aumentar progressivamente, por causa do envelhecimento e da diminuição da capacidade imunológica contra o vírus varicela-zóster. Quando acomete os mais jovens, é causado por estresse e imunodeficiência temporária ou permanente, decorrente de doenças ou tratamentos que enfraquecem as defesas do organismo (quimioterapia, por exemplo).
Sintomas
São três fases. Primeiro, há uma sensação de queimação e formigamento ou uma dor aguda na área afetada. Logo após, há erupção de pequenas vesículas cheias de líquido na pele. Alguns dias depois, as vesículas secam e formam-se crostas – que não devem ser arrancadas, pois podem deixar marcas. A dor pode persistir durante as três fases da doença, e sua forma mais grave é a neuralgia pós-herpética – ou seja, mesmo depois que o vírus foi debelado a dor persiste por várias semanas ou mesmo meses.
Diagnóstico
A doença pode ser diagnosticada com mais facilidade depois que a erupção surge na pele. Antes, porém, a dor, quando intensa, pode ser confundida até mesmo com um infarto, no caso de erupções torácicas. A demora no diagnóstico e no início do tratamento aumenta a chance de complicações. Portanto, é muito importante procurar um médico logo no início dos sintomas.
Duração da doença
Em geral, de duas a seis semanas. No entanto, sobretudo nos idosos, a dor pode persistir por semanas ou meses depois que a manifestação cutânea desapareceu, um distúrbio conhecido como neuralgia pós-herpética.
Tratamento
Quanto mais cedo for iniciado o tratamento, menos grave e prolongada será a crise. Provavelmente o médico vai prescrever um medicamento antiviral (em geral, aciclovir) na forma de comprimido; analgésico para a dor e, dependendo do caso, corticoides para diminuir o risco de neuralgia pós-herpética.
Sequelas
A dor e o desconforto do herpes-zóster podem se prolongar e se tornar incapacitantes, tanto física quanto emocionalmente. Quanto mais avançada a idade, maior a frequência e a gravidade da neuralgia pós-herpética.
A doença pode voltar?
A recidiva é rara, mas possível, pois o fato de ter tido herpes-zóster uma vez não garante a imunidade a doença.
Vacina
Ano passado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a vacina herpes-zoster, que pode ser administrada mesmo que a pessoa já tenha tido a doença. É indicada para pessoas acima dos 50 anos, que têm mais risco de desenvolver a infecção. A vacina ativa o sistema imunológico, aumentando a proteção contra a doença, e pode ajudar a prevenir a neuralgia pós-herpética e reduzir a intensidade e a duração da dor. Infelizmente, a vacina não é disponibilizada pelo SUS, mas pode ser encontrada em clínicas de vacinação particulares.

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