Levantamento
do Congresso em Foco revela que ao menos 20 dos titulares e suplentes
já confirmados no colegiado são alvo de inquérito ou ação penal no
Supremo. Saiba quem são eles
Pelo
menos um terço dos integrantes já definidos da comissão especial que
vai analisar o processo de impeachment é alvo de acusações criminais no
Supremo Tribunal Federal (STF). Dos 61 deputados escolhidos em votação
tensa no plenário da Câmara, nessa terça-feira (8), ao menos 20
respondem a inquéritos (investigações preliminares) ou ações penais
(processos que podem resultar em condenação) no Supremo. Os dados são de
levantamento exclusivo do Congresso em Foco (veja a lista abaixo).
Crimes
de responsabilidade, corrupção, lavagem de dinheiro, crimes eleitorais e
contra a Lei de Licitações são algumas das suspeitas que se repetem
contra esses parlamentares. Entre os investigados, 14 serão titulares e
seis ocuparão a suplência da comissão.
A
relação é encabeçada pelo PSDB, com seis nomes, seguido pelo PP, com
quatro. Na sequência, aparecem o PMDB, o PSD e o SD, com dois cada. PSC,
PTB, PPS e PSB têm um nome cada.
Entre
os indicados, há três deputados do PP investigados na Operação Lava
Jato. Jerônimo Goergen (RS) e Luiz Carlos Heinze (RS), que serão
titulares, e Roberto Balestra (GO), que atuará como suplente, são
suspeitos de ter recebido dinheiro desviado da Petrobras.
Alguns
dos investigados já são réus. É o caso, por exemplo, do deputado Paulo
Pereira da Silva (SD-SP), que responde a ação penal por corrupção no
Supremo. Presidente licenciado da Força Sindical e criador do
Solidariedade, um dos principais partidos de oposição a Dilma, Paulinho é
acusado de desviar recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES). O deputado ainda é investigado em outros
três inquéritos por peculato e corrupção passiva.
A
chapa, formada basicamente por parlamentares pró-impeachment, foi
eleita pela maioria do plenário, derrotando as indicações apoiadas pelo
governo. O colegido será formado por 65 titulares e 65 suplentes. O
restante de seus integrantes seria definido nesta quarta, mas o ministro
Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu, em caráter
liminar, o andamento de qualquer procedimento relacionado ao impeachment
até que a corte se posicione sobre o assunto, de maneira definitiva, no
próximo dia 16. Fachin atendeu a pedido do PCdoB, que questionou o
processo que levou à eleição da chapa oposicionista. O ministro, no
entanto, não anulou o resultado da votação.
Veja
abaixo a relação dos integrantes da comissão do impeachment que
respondem a inquérito ou ação penal no STF, as suspeitas que recaem
sobre eles e os seus esclarecimentos: Acesse aqui e clique no link dos nomes
PSDB – Titulares:
Nilson Leitão (PSDB-MT)
Membro
da bancada ruralista e presidente da comissão que analisa a PEC 215,
que transfere ao Congresso Nacional a prerrogativa de demarcar
territórios indígenas e quilombolas, o deputado é investigado por
incentivar invasão à terra indígena.O Inquérito 3936 por
incitação ao crime e formação de quadrilha. Em 2007, quando era
prefeito de Sinop (MT), Nilson chegou a ser preso pela PF na Operação
Navalha, que revelou esquemas de corrupção entre a empreiteira Gautama e
administradores públicos. O caso é apurado no Inquérito 3711 por corrupção passiva. O deputado também é citado nos inquéritos 3492, 3629, 3631, 3632 e 3630 por crime de Lei de Licitações.
Rossoni (PSDB-PR)
Izalci (PSDB-DF)
Investigado no inquéritos 3671, 4161 e 4163 por peculato e na Ação Penal 883 por crimes eleitorais.
Rocha (PSDB-AC)
Réu na Ação Penal 926 por injúria.
Investigado no inquéritos 3671, 4161 e 4163 por peculato e na Ação Penal 883 por crimes eleitorais.
Rocha (PSDB-AC)
Réu na Ação Penal 926 por injúria.
Rogério Marinho (PSDB-RN)
Investigado no Inquérito 3386 por falsidade ideológica e crimes contra a ordem tributária.
Investigado no Inquérito 3386 por falsidade ideológica e crimes contra a ordem tributária.
SD – Titular:
Paulinho da Força (SD-SP)
Presidente do Solidariedade, é investigado nos inquéritos 2905 e 3901 por peculato, competência por prerrogativa de função e corrupção passiva. Ainda é réu da Ação Penal 965, que apura desvio de recursos do BNDES, desvendado pela PF na Operação Santa Tereza. Já no Inquérito 3901, o presidente licenciado da Força Sindical é investigado por ter contribuído com a venda de cartas sindicais, indispensáveis ao registro de sindicatos.
Suplente:
Presidente do Solidariedade, é investigado nos inquéritos 2905 e 3901 por peculato, competência por prerrogativa de função e corrupção passiva. Ainda é réu da Ação Penal 965, que apura desvio de recursos do BNDES, desvendado pela PF na Operação Santa Tereza. Já no Inquérito 3901, o presidente licenciado da Força Sindical é investigado por ter contribuído com a venda de cartas sindicais, indispensáveis ao registro de sindicatos.
Suplente:
Genecias Noronha (SD-CE)
Alvo do Inquérito 3403 por crimes eleitorais, com captação ilícita de votos ou corrupção eleitoral.
Alvo do Inquérito 3403 por crimes eleitorais, com captação ilícita de votos ou corrupção eleitoral.
PPS – Titular:
Alex Manente (PPS-SP)
Responde ao Inquérito 4007 por crimes eleitorais. O deputado afirma que não conhece o teor da investigação
Responde ao Inquérito 4007 por crimes eleitorais. O deputado afirma que não conhece o teor da investigação
PSC – Titular:
Pastor Marco Feliciano (PSC-SP)
É alvo do Inquérito 3646, que questiona a contratação de pastores da igreja dele para o gabinete
É alvo do Inquérito 3646, que questiona a contratação de pastores da igreja dele para o gabinete
PMDB – Titular:
Suplente:
PTB – Titular:
Benito Gama (PTB-BA)
O vice-presidente nacional do PTB é réu na Ação Penal 920 por crimes eleitorais.
O vice-presidente nacional do PTB é réu na Ação Penal 920 por crimes eleitorais.
PSD – Titular:
Suplente:
Silas Câmara (PSD-AM)
Réu de duas ações penais (579 e 864)
por uso de documento falso, falsificação de documento, improbidade
administração e crimes praticados contra a administração pública em
geral.
PP - Titulares:
PP - Titulares:
Jair Bolsonaro (PP-RJ)
Bolsonaro chegou a dizer, em plenário, que só não estupraria a deputada Maria do Rosário (PT-RJ) porque ela não merecia. Ele responde ao Inquérito 3932 por apologia ao crime, devido às declarações dirigidas à deputada petista, consideradas pelo MP uma incitação à prática de estupro. Além disso, Bolsonaro é alvo do Inquérito 3788 por crimes contra a fauna.
Jerônimo Goergen (PP-RS)
Bolsonaro chegou a dizer, em plenário, que só não estupraria a deputada Maria do Rosário (PT-RJ) porque ela não merecia. Ele responde ao Inquérito 3932 por apologia ao crime, devido às declarações dirigidas à deputada petista, consideradas pelo MP uma incitação à prática de estupro. Além disso, Bolsonaro é alvo do Inquérito 3788 por crimes contra a fauna.
Jerônimo Goergen (PP-RS)
É investigado no Inquérito 3989 por lavagem de dinheiro, corrupção passiva e formação de quadrilha na Lava Jato.
Luiz Carlos Heinze (PP-RS)
Um dos líderes da bancada ruralista no Congresso, é investigado no Inquérito 3989 por lavagem de dinheiro, corrupção passiva e formação de quadrilha. Ele foi indicado como um dos parlamentares do PP que recebiam mensalmente entre R$ 30 mil a R$ 150 mil. Heinze também responde ao Inquérito 3948 por injúria e difamação. Segundo a acusação, em janeiro do ano passado, o deputado, em entrevista a uma rádio de Getúlio Vargas (RS), ofendeu a honra do procurador da República Ricardo Gralha Massia.
Suplente:
Roberto Balestra (PP-GO)
Um dos líderes da bancada ruralista no Congresso, é investigado no Inquérito 3989 por lavagem de dinheiro, corrupção passiva e formação de quadrilha. Ele foi indicado como um dos parlamentares do PP que recebiam mensalmente entre R$ 30 mil a R$ 150 mil. Heinze também responde ao Inquérito 3948 por injúria e difamação. Segundo a acusação, em janeiro do ano passado, o deputado, em entrevista a uma rádio de Getúlio Vargas (RS), ofendeu a honra do procurador da República Ricardo Gralha Massia.
Suplente:
Roberto Balestra (PP-GO)
Responde ao Inquérito 3989,
por crimes de lavagem de dinheiro, corrupção passiva e formação de
quadrilha, da Operação Lava Jato. Ele foi apontado, por Youssef, como um
dos parlamentares do PP que recebiam “mesada” a partir de desvios na
Petrobras. O deputado ainda é alvo do Inquérito 3821 por quebra de sigilo bancário.
PSB – Titular:
Danilo Forte (PSB-CE)
O deputado é alvo do Inquérito 3317, por crime eleitoral.Em 19 de agosto, o ministro Luiz Fux, do STF, determinou o arquivamento do Inquérito 3873,
em que Danilo era investigado por crimes contra a Lei de Licitações e
peculato quando o deputado era diretor-executivo da Fundação Nacional
de Saúde (Funasa), em 2004.
A matéria está no site Congresso em Foco
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